EFEITOS DA CASCA DO CAULE DO CAJUEIRO – ANACARDIUM OCCIDENTALE: UMA REVISÃO

Main Article Content

Samira Lopes de Almeida
Alesandro Silva Ferreira
Faúsia da Verónica Eduardo Pafo
Albanise Barbosa Marinho
Daniel Freire de Sousa
Juliana Jales de Hollanda Celestino

Abstract

INTRODUÇÃO: O Brasil apresenta diversas espécies nativas que apresentam importante papel quanto ao seu uso medicinal, sendo Anacardium occidentale L. uma dessas espécies. Estudos etnofarmacológicos destacam o uso da casca do caule da planta para problemas inflamatórios, antibacteriano, entre outros. Além disso, dados revelam a presença de compostos bioativos que corroboram com seu uso popular. OBJETIVO: Este estudo objetivou realizar uma revisão de literatura acerca dos efeitos da casca do caule de Anacardium occidentale e dos seus constituintes químicos. MÉTODOS: Para isto, foi realizada uma busca nas bases de dados: Periódicos CAPES, PubMed/Medline, Scielo e ScienceDirect, no período de junho-julho de 2022, utilizando descritores DeCS/MeSH: Efeito, Anacardium occidentale, casca de planta, sem considerar o ano de publicação. RESULTADOS: Foram selecionados artigos sobre a casca do caule, em relação aos constituintes químicos e efeitos por meio da avaliação em modelos in sílico, in vitro ou in vivo. Foram selecionados artigos sobre os efeitos antidiarreico, antifúngico, anti-inflamatório e antinociceptivo, antibacteriano, antimutagênico, cicatrizante, citotóxico e hipoglicêmico. Observou-se a presença de diversos compostos fitoquímicos como, compostos fenólicos, ácido anacárdico e taninos. CONCLUSÃO: Portanto, considera-se que a casca de A. occidentale é uma importante fonte de compostos bioativos utilizada etnofarmacológicamente e que tem sido evidenciada em estudos in vitro, in sílico e in vivo.

Article Details

How to Cite
de Almeida, S. L., Ferreira, A. S., Pafo, F. da V. E., Marinho, A. B., de Sousa, D. F., & Celestino, J. J. de H. (2022). EFEITOS DA CASCA DO CAULE DO CAJUEIRO – ANACARDIUM OCCIDENTALE: UMA REVISÃO. Brazilian Journal of Case Reports, 2(Suppl.3), 58–63. https://doi.org/10.52600/2763-583X.bjcr.2022.2.Suppl.3.58-63
Section
Comunicação Oral
Author Biographies

Samira Lopes de Almeida, Mestranda em Sociobiodiversidade e Tecnologias Sustentáveis pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB

Mestranda em Sociobiodiversidade e Tecnologias Sustentáveis pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB.

Alesandro Silva Ferreira, Graduando em Farmácia pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB

Graduando em Farmácia pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB

Faúsia da Verónica Eduardo Pafo, Mestranda em Sociobiodiversidade e Tecnologias Sustentáveis pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB

Mestranda em Sociobiodiversidade e Tecnologias Sustentáveis pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB;,

Albanise Barbosa Marinho, Doutora em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro-UENF

Doutora em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro-UENF

Daniel Freire de Sousa, Doutor em Biotecnologia pela Universidade Federal do Ceará-UFC

Doutor em Biotecnologia pela Universidade Federal do Ceará-UFC

Juliana Jales de Hollanda Celestino, Doutora em Ciências Veterinárias pela Universidade Estadual do Ceará- UECE

Doutora em Ciências Veterinárias pela Universidade Estadual do Ceará- UECE

References

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 2ª edição. Brasília, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br. Acesso em 27 de fevereiro de 2022.

ALEXANDER-LINDO, R. L., et al. Hypoglycaemic effect of stigmast-4-en-3-one and its corresponding alcohol from the bark of Anacardium occidentale (cashew). Phytotherapy Research: PTR, v.18, n.5, p.403–407. https://doi.org/10.1002/ptr.1459. 2004.

AMORIM, L. S., et al. In vitro antibacterial and anti-inflammatory effects of Anacardium occidentale L. extracts and their toxicity on PBMCs and zebrafish embryos. Drug and Chemical Toxicology. https://doi.org/10.1080/01480545.2021.1981365. 2021.

BARCELOS, G. R. M. et al. Genotoxicity and antigenotoxicity of cashew (Anacardium occidentale L.) in V79 cells. Toxicology in Vitro : An International Journal Published in Association with BIBRA, v.2, n.8, p.1468–1475. https://doi.org/10.1016/J.TIV.2007.06.006. 2007.

BRAGA, C. F. Brazilian traditional medicine: Historical basis, features and potentialities for pharmaceutical development .Journal of Traditional Chinese Medical Sciences, v.8, p. 44–50. https://doi.org/10.1016/J.JTCMS.2020.06.005. 2021

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portal da Saúde: Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. 2009. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/sus/pdf/marco/ms_relacao_plantas_medicinais_sus_0603.pdf Acesso em maio de 2022.

CARTAXO. S. L. et al. Medicinal plants with bioprospecting potential used in semi-arid northeastern Brazil. Journal of Ethnopharmacology. v. 131. p. 326-342. 2010.

COSTA, A. R., et al.,. Phytochemical profile and anti-Candida and cytotoxic potential of Anacardium occidentale L. (cashew tree). Biocatalysis and Agricultural Biotechnology, v. 37, p.102-192. https://doi.org/10.1016/J.BCAB.2021.102192. 2021.

COSTA, A. R.et al. Phytochemical profile of Anacardium occidentale L. (cashew tree) and the cytotoxic and toxicological evaluation of its bark and leaf extracts. South African Journal of Botany, v.135, p.355–364. https://doi.org/10.1016/J.SAJB.2020.09.017. 2020.

DE ARAÚJO, J. S. C., et al. Antibacterial activity against cariogenic bacteria and cytotoxic and genotoxic potential of Anacardium occidentale L. and Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan extracts. Archives of Oral Biology, v.85, p.113–119. https://doi.org/10.1016/J.ARCHORALBIO.2017.10.008. 2018.

DE BRITO, E. S., DE OLIVEIRA SILVA, E.; RODRIGUES, S. Caju—Anacardium occidentale. In, Exotic Fruits, 85–89. https://doi.org/10.1016/B978-0-12-803138-4.00012-5. 2018.

ENCARNAÇÃO, S., M, S et al. Total phenolic content, antioxidant activity and pre-clinical safety evaluation of an Anacardium occidentale stem bark Portuguese hypoglycemic traditional herbal preparation. Industrial Crops and Products, v.82, p.171–178. https://doi.org/10.1016/J.INDCROP.2015.11.001. 2016.

MOTA, M.L.R; THOMAS.G, BARBOSA FILHO, J.M.. Anti-inflammatory actions of tannins isolated from the bark of Anacardwm occidentale L. Journal of Ethnopharmacology, 13(3), 289–300. https://doi.org/10.1016/0378-8741(85)90074-1. 1985.

OLAJIDE, O. A; ADEROGBA, M. A; FIEBICH, B. L. Mechanisms of anti-inflammatory property of Anacardium occidentale stem bark: inhibition of NF-κB and MAPK signalling in the microglia. Journal of Ethnopharmacology, v145, n.1, p.42–49. https://doi.org/10.1016/J.JEP.2012.10.031. 2013.

OMOLASO, B. O., et al. Evaluation of the gastrointestinal anti-motility effect of Anacardium occidentale stem bark extract: A mechanistic study of antidiarrheal activity. Journal of Pharmaceutical Analysis, v.1, n.6, p. 776–782. https://doi.org/10.1016/J.JPHA.2020.06.009. 2021.

SINGH, R. Antihyperglycemic effect of ethanolic extract and fractions of Anacardium occidentale l. stem bark in streptozotocin-induced diabetic rats. Journal of Basic and Clinical Pharmacy, v.1, n.1, p. 16-19. 2009.

DA SILVA, J. G., et al. Atividade antimicrobiana do extrato de Anacardium occidentale Linn. em amostras multiresistentes de Staphylococcus aureus. Revista Brasileira de Farmacognosia, 17(4), 572–577. https://doi.org/10.1590/S0102-695X2007000400016. 2007.

VANDERLINDE, F. A. et al. Evaluation of the antinociceptive and anti-inflammatory effects of the acetone extract from Anacardium occidentale L. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, v.45, n.3, p. 437–442. https://doi.org/10.1590/S1984-82502009000300008. 2009.

VILAR, M. S., et al. Assessment of Phenolic Compounds and Anti-Inflammatory Activity of Ethyl Acetate Phase of Anacardium occidentale L. Bark. Molecules, v. 21, n.8. p.1877-1894. https://doi.org/10.3390/MOLECULES21081087. 2016.