MÚSICA, ALONGAMENTO E MEDITAÇÃO PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL DE ADICTOS EM RECUPERAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Main Article Content
Abstract
INTRODUÇÃO: Aproximadamente 36 milhões dos indivíduos que usaram drogas em 2020 sofrem com transtornos associados ao uso de entorpecentes. Segundo instituições de saúde conceituadas, a atividade física regular tem reflexos positivos na saúde mental, reduzindo, por exemplo, sintomas de depressão e ansiedade, dentre outras funções. OBJETIVO: Objetivou-se
apresentar a experiência de acadêmicos em enfermagem quanto ao desenvolvimento de atividades para o fortalecimento da saúde mental de pacientes adictos em tratamento no contexto de um serviço de saúde mental no estado do Ceará. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência descritivo com abordagem qualitativa. Foram realizadas atividades com músicas, alongamento e meditação. RESULTADOS: Os clientes relataram maior disposição após o alongamento, além
disso, expuseram melhora no humor. Após a meditação, parte do grupo relatou ter dificuldade para manter a concentração e seguir as mentalizações propostas. Com a atividade musical os pacientes ressaltaram a sensação prazerosa ao final do exercício proposto. DISCUSSÃO: O exercício físico auxilia no tratamento de dependentes químicos, pois promove resiliência, para o enfrentamento das situações. Além disso, a meditação e as atividades com música podem ser usadas com vistas a
melhorar o bem-estar físico, mental e emocional. CONCLUSÃO: Conclui-se que o uso destas atividades de forma coadjuvante ao tratamento medicamentoso tem caráter positivo, pois fornece novas perspectivas e vivências ao usuário de drogas em reabilitação. Constatou-se, por relatos, que o estado de ociosidade é deletério e um fator contribuinte para recaídas.
Article Details

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
References
ARCHAMBAULT, K et al. MAP: A Personalized Receptive Music Therapy Intervention to Improve the Affective Well-being of Youths Hospitalized in a Mental Health Unit. Journal of Music Therapy, [S.I], v.56, n.4, p. 381–402, 2019. Diponível em:
https://doi.org/10.1093/jmt/thz013 Acesso em: 30 de ago. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo. [S.I], Ministério da Saúde, 20 de fev. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de atividade física para a população brasileira. Brasília, 2021.
CLASSIFICAÇÃO DE TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO DA CID-10. Disponível em: http://clinicajorgejaber.com.br/novo/wp-content/uploads/2018/05/CID-10.pdf. Acesso em: 19 jul. 2022.
GARCEZ, F. C. S. Meditação no tratamento da Dependência Química. Disponível em: https://clinicajorgejaber.com.br/novo/2018/11/meditacao-no-tratamento-da-dependencia-quimica/.Acesso em: 19 jul. 2022.
MENEZES, C. B.; DELL’AGLIO, D. D. Os efeitos da meditação à luz da investigação científica em Psicologia: revisão de literatura. Rev. Psicologia: ciência e profissão, Porto Alegre, v. 29, n. 2, p. 276-289, jan./2009. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1414-98932009000200006. Acesso em: 19 jul. 2022.
NEVES, C. P. et al. Atividade física como terapia auxiliar no tratamento de dependentes químicos, Revista Digital. Buenos Aires, v. 18, n. 180, p. 1-1, mai./2013. Disponível em:https://efdeportes.com/efdeportes/index.php/EFDeportes. Acesso em: 18 jul. 2022.
OLIVEIRA, N. C. S. et al. A prática de meditação e alongamento na busca do relaxamento físico e mental em tempos de isolamento social: revisão de literatura. Revista Diálogos em Saúde, BRASIL, v. 3, n. 1, p. 142-152, mai./2020. Disponível em: https://periodicos.iesp.edu.br/index.php/dialogosemsaude/article/viewFile/298/243. Acesso em: 19 jul. 2022.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Diretrizes da OMS para atividade física e comportamento sendentário. Genebra, 2020.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Nomenclature and classification of drug- and alcohol-related problems: a WHO Memorandum. Bulletin of the World Health Organization, [S.I], v.59, n.2, p. 225-242, 1981. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2396054/. Acesso em: 19 julho 2022.
SAMPAIO, C. A prática da meditação como instrumento de autorregulação do organismo.
VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.). Anais. 18º CONGRESSO BRASILEIRO DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS. Curitiba/PR Centro Reichiano, 2013. [ISBN – 978-85-87691-23-1]. Acesso em: 15 de ago de 2022.
TAETS, G. G. C. et al. Effect of music therapy on stress in chemically dependent people: a quasi-experimental study. Revista Latino Americana de Enfermagem, São Paulo, v.27, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1518-8345.2456.3115. Acesso em: 17 de jul de 2022.
UNITED NATIONS OFFICE ON DRUGS AND CRIME.World Drug Report 2021. United Nations publication, Sales No E.21.XI.8, 2021. Disponível em: https://www.unodc.org/res/wdr2021/field/WDR21_Booklet_2.pdf. Acesso em: 15 de ago de 2022.