MODIFICAÇÃO PROGNÓSTICA DE CÂNCERES HEMATOLÓGICOS ATRAVÉS DO TRATAMENTO COM CÉLULAS CAR-T
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Resumo
Introdução: A imunoterapia contra o câncer fundamentada no uso do receptor de antígeno quimérico CAR-T reflete uma nova perspectiva para a cura e melhora clínica de múltiplos tumores malignos, especialmente neoplasias hematológicas. Objetivos: Elucidar a influência que a terapia com células CAR-T pode acarretar no prognóstico de cânceres hematológicos. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, onde para a seleção de artigos realizou-se pesquisas a partir das bases de dados US National Library of Medicine/Medical Literature Online (PUBMED/MEDLINE) e Literatura Latino-Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS), entre os anos de 2021 e 2022, utilizando os descritores: Terapia CAR com células T, hematologia, prognóstico e evolução clínica. Revisão de Literatura: Apesar de inúmeros avanços em imunoterapia, a mortalidade por doença neoplásica hematológica ainda é relevante, sendo a maioria dos óbitos relacionados à refratariedade da doença. O primeiro produto comercial de células CAR-T foi aprovado pela agência regulatória norte-americana Food and Drug Administration (FDA) em 2017 e desde então busca-se melhores resultados prognósticos. O que se sabe é que remissões prolongadas foram observadas em subgrupos específicos de pacientes acometidos por Linfoma não Hodgkin (LNH), Leucemia Linfocítica Aguda de células B recidivante e/ou refratária (LLA-B/RR) e mieloma múltiplo (MM). Estudos pré-clínicos indicaram sinergia potencial entre o tratamento radioterápico e a terapia com células CAR-T, apontando que combinações terapêuticas podem aumentar a imunidade específica contra o tumor e consequentemente, interferir de forma positiva no prognóstico. No entanto, terapias com células CAR-T exigem uma estrutura complexa para desenvolvimento, sendo seu principal problema, o alto custo. Conclusão: A terapia com células CAR-T demonstrou respostas nunca antes alcançadas na oncologia devido sua atividade antitumoral direta, tornando-se uma estratégia ímpar de tratamento remissivo e curativo para pacientes com cânceres hematológicos avançados. No entanto, para maior cobertura clínica com tal terapêutica, faz-se necessário estudos que visem a redução de custos em sua produção.
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Referências
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