OSTEOSSARCOMA: DESAFIOS DO DIAGNÓSTICO NA PRÁTICA CLÍNICA
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Abstract
Introdução: O osteossarcoma é um tumor primário maligno ósseo de origem mesenquimal caracterizado pela produção de matriz osteóide imatura. Apesar de ser raro, representando menos de 5% de todos os tumores malignos, o osteossarcoma é o tumor maligno primário ósseo mais prevalente em crianças e adultos jovens, precedido apenas pelo Sarcoma de Ewing (SE). Estudos afirmam que o diagnóstico de câncer ósseo pode ser difícil devido aos seus sintomas comuns e à sua baixa frequência na população. Objetivo: identificar as principais barreiras no diagnóstico de osteossarcoma na população. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura a partir de publicações científicas indexadas nas seguintes fontes de pesquisa: PUBMED, com 22 resultados nos últimos 10 anos, 5 em SCIELO. Realizou-se a coleta de dados com uso de descritores selecionados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “osteosarcoma AND Diagnostic”. Excluíram-se as publicações em formato de cartas ao editor, resumos, editoriais, capítulos de livros, resenhas de livros, relato breve, teses e dissertações ou que não abordassem o tema da pesquisa, resultando em 5 artigos. Buscou-se responder a seguinte pergunta norteadora: "Existem dificuldades em se diagnosticar o osteossarcoma na prática clínica? Revisão de literatura: A manifestação de sintomas como dor e edema é comum a cânceres ósseos e a outras condições, a exemplo das lesões musculoesqueléticas mais simples. Por isso, o raciocínio médico pode ser dificultado, favorecendo diagnósticos equivocados. Além disso, a ocorrência de períodos sem sintomas pode induzir os médicos a descartarem a suspeita do osteossarcoma. Sendo assim, várias patologias de formação óssea são consideradas no diagnóstico diferencial: condrossarcoma, Sarcoma de Ewing, carcinoma metastático, osteocondroma, osteoblastoma e osteossarcoma. Estudos apontam que o diagnóstico do osteossarcoma ocorre a partir da investigação dos sinais e sintomas e dos exames de imagem. Atualmente, a tomografia por emissão de pósitrons/tomografia computadorizada (PET/CT) vem sendo amplamente utilizada na prática clínica, possibilitando uma maior eficiência, sensibilidade e especificidade no diagnóstico desse câncer, sendo o melhor método de escolha. A PET/CT permite o diagnóstico de lesão primária e metástase, também fornecendo informações a respeito do prognóstico e da resposta do paciente ao tratamento quimioterápico. Devido à natureza agressiva dos cânceres ósseos, o reconhecimento precoce é fundamental. Diante disso, é primordial diagnosticar o osteossarcoma o mais cedo possível, para iniciar a implementação de terapias e de tratamentos que retardem a evolução da doença, a qual diminui e debilita a qualidade de vida do paciente. Conclusão: Apesar do intervalo entre o início do sintoma inicial e o diagnóstico ter diminuído, evoluindo de 9,6 meses em 1984 para 4,7 meses em 2003, ainda é preciso instigar mais significativamente o osteossarcoma como diagnóstico diferencial para um reconhecimento precoce. Além disso, as principais formas de diagnóstico do osteossarcoma são exames de imagens, sendo o PET/CT o exame que apresenta maior precisão. Portanto, é imprescindível o incentivo a novos estudos para que o diagnóstico seja feito o mais breve possível, acelerando, assim, o tratamento e diminuindo a morbimortalidade desta patologia.
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