AMPLIANDO OS OLHARES SOBRE SAÚDE MENTAL MATERNA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
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Abstract
INTRODUÇÃO: A saúde mental materna é uma temática em ascensão uma vez que o ciclo gravídico puerperal é uma fase de grande significado para a vida da mulher, apesar de ser permeada de tabus e estigmas. A fase pós-parto é delicada e suscetível para a mulher vivenciar algum transtorno. Dentre os transtornos de humor que podem acometer as mulheres no puerpério, tem-se o Baby Blues. OBJETIVO: O presente trabalho de intervenção voltou-se para o favorecimento do acesso a informações sobre o Baby Blues. Mediante a alta incidência do mesmo, busca refletir e aumentar as discussões no âmbito dos serviços de saúde, a fim de favorecer a compreensão desse processo. MÉTODOS: A experiência relatada trata-se de uma intervenção onde foi confeccionada e apresentada uma cartilha informativa sobre o Baby Blues. Foi feito psicoeducação nas enfermarias do hospital de forma coletiva e beira leito, nos alojamentos conjuntos, através de busca ativa, sobre o Baby Blues e demais alterações emocionais relacionadas ao puerpério. RESULTADOS: Percebeu-se que, a maioria das puérperas e acompanhantes não conheciam o termo Baby Blues, apesar de muitas se identificarem com os sintomas, e os assimilassem a Depressão pós-parto. Muitas delas não consideravam as alterações emocionais como algo que precisasse ser compartilhado com alguém, por se tratar “só” de tristeza e cansaço. É notável que existe uma invalidação das alterações emocionais, o que acaba gerando uma negação desses sentimentos como algo que necessita de cuidado e atenção. CONCLUSÃO: É de extrema relevância que as mulheres tenham acesso aos debates sobre saúde mental materna, conheçam as estratégias de cuidado e saibam como e quando pedir ajuda, e a partir disso, melhorar a sua qualidade de vida e a sua própria relação com o maternar.
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